Atualizado em 06/01/2016
Recapitulando tudo o que a REVOLUÇÃO INSTITUCIONAL expôs desde o princípio até o último artigo
publicado, falamos da péssima situação política de nosso País (corrupção,
impunidade, desrespeito às leis, injustiça social, desigualdade); tratamos da
reforma política que transformaria o Brasil numa República Unitária, Diretorial e Unicameral,
descrevendo os pormenores da superestrutura; fizemos menção da Segurança
Pública, da Defesa Nacional e até da Educação; dentre outros tópicos.
Ainda falta muita coisa a ser abordada (o autor vem
editando seus rascunhos conforme o tempo lhe permite), mas um bom caminho já
foi andado até chegarmos aqui. Agora que, dentro do Estado Democrático de
Direito Social idealizado pela REVOLUÇÃO
INSTITUCIONAL, a política “foi” moralizada, a máquina pública foi
reestruturada, o País se tornou mais seguro e a Educação se tornou mais
eficiente para formar os futuros cidadãos condutores do Estado de Bem-Estar
Social, vamos olhar mais atentamente para o núcleo de nossa vida social: a
cidade.
No artigo Revolução Institucional, Entidades
Subnacionais..., tratamos basicamente da organização do Poder Público
nas esferas inferiores do Estado Unitário, mas sem nos atermos sobre a forma de
organização social (objeto de estudo do presente artigo). Assim, passemos a
descrição de como seria a cidade (senão ideal,
ao menos minimamente ADEQUADA)
brasileira.
Antes que prossigamos na exposição do presente artigo, o autor pretende deixar claro que toda a REVOLUÇÃO INSTITUCIONAL é uma utopia sócio-política (cujo autor admite não ter qualquer esperança de que suas ideias venham algum dia ser implementadas). Se assim o fosse, nosso Brasil seria um País melhor para se viver.
- Problemas Sociais das Cidades
Atualmente, nossas cidades enfrentam toda sorte de problemas
estruturais e socioeconômicos, desde o mal planejamento urbano até a carência
de serviços essenciais – numa clara demonstração de absoluto vazio
institucional, de ausência da presença do Estado mesmo nos grandes centros
urbanos (e não apenas nos longínquos e isolados rincões da Amazônia).
Outros problemas notórios, como o déficit habitacional
(embora em redução), saneamento básico deficiente (principalmente no Norte e no
Nordeste), existência de vias precárias e sinalização problemática (que entra
em pano ao menor sinal de chuva), além da coleta de lixo deficiente, são apenas
alguns dos muitos dissabores que atingem os habitantes de nossa pólis – sem mencionar que a completa
sensação de insegurança faz sentir que a criminalidade é maior do que realmente
é.
Para se ter uma ideia do abandono e descaso com o País,
seriam necessários quase 10 trilhões de reais em investimentos para adequar
nossa precária infraestrutura à dos demais países de primeiro mundo – digo demais países, pois nossa atual condição
de 8ª Potência Econômica (depois de voltarmos à 7ª posição, caímos para a 8ª
com a crise de 2015) permite nos igualar nessa categoria.
Seriam necessários R$ 70 bilhões apenas para garantir o
abastecimento de água para as cidades, enquanto que outros R$ 65 bilhões seriam
apenas para redução da pobreza. Para modernizar nosso abandonado transporte
ferroviário, há necessidade de se investir mais de R$ 151 bilhões.
Um aspecto que pode ser facilmente observado em nossas cidades
é a falta de espaços arborizados plenos (planejados especificamente para esse
fim, e não simplesmente “aproveitados” a partir de terrenos abandonados). Outro
aspecto importante é que as vias urbanas não foram devidamente planejadas para comportar
o crescente aumento do número de veículos automotores (que cresceu 235% na
última década).
Até mesmo fenômenos naturais acabam por tornar-se ameaças
letais, como as chuvas de verão, por causa da falta de planejamento urbano
eficiente. Com o Rock in Rio, a Jornada Mundial da Juventude e a Copa do Mundo
de 14 e as Olimpíadas do Rio, em 2016, todas as esferas do Governo trabalham a
pleno vapor (gerado pela queima de dinheiro público!) para adequar a péssima
infraestrutura às necessidades mínimas exigidas internacionalmente para o
comportamento de tais eventos.
O problema que mais contribui para encarecer tanto os
custos de infraestrutura reside no fato de que tais investimentos serão
desperdiçados para ADAPTAR as cidades às necessidades prementes, sem considerar
o futuro de longo prazo (50 anos), ou mesmo considerar outras necessidades que
não àquelas que atendam aos eventos e projetos em curso.
Seria diferente se os investimentos fossem usados para
se CRIAR infraestruturas bem planejadas e bem elaboradas, tendo-se por base
estatísticas fundamentadas e experiências históricas. Brasília que o diga: a
majestosa e moderna capital brasileira simplesmente esqueceu-se dos pedestres e
foi projetada para comportar uma população que há muito foi ultrapassada,
gerando as “cidades-satélites” – ou seja, CRIADA e bem elaborada (para as
necessidades de curto prazo), mas mal planejada para o longo prazo.
Agora, sem mais nos delongarmos nos problemas já tão
conhecidos de todos nós brasileiros, passemos aos detalhes de como será a Nova
Cidade Brasileira (diferente das ideias apresentadas no artigo Revolução
Institucional, nossa pólis brasileira...), idealizada pelo autor dentro
da tese da REVOLUÇÃO INSTITUCIONAL.
- Novus Urbis Brasiliae, a Nova Cidade Brasileira
Projeções apontam que a população brasileira atingirá
seu ápice em 2047 – quando alcançará o total de 238 milhões de habitantes.
Considerando que mais de 90% da população brasileira seja predominantemente
urbana (já em 2020) e que esta venha ser acrescida de turistas (considerando
que o País tenha o 3º maior PIB Turístico do mundo) e imigrantes estrangeiros,
além de migrantes internos em busca de emprego ou simplesmente em turismo, o
autor propõe a reestruturação espacial de TODAS as cidades existentes no Brasil
(5.570, ao todo).
Partindo-se de projetos já em curso no mundo, como Masdar (em Abu Dhabi) e Songdo (na Coréia do Sul), o autor
defende a realização de parcerias público-privadas visando a criação de uma
cidade totalmente nova (literalmente construída a partir do zero), agregando-a
os mais avançados recursos tecnológicos disponíveis – visando transforma-la em
“Cidade Conceito”, para os futuros espaços urbanos constituídos após 2100.
Essa cidade planejada, denominada aqui como Nova Cidade
Brasileira, deverá ser uma grande Zona Franca, onde empresas de
tecnologia se instalarão com isenção tributária e empréstimos subsidiados por
meio do BNDES.
A Nova Cidade Brasileira idealizada
pelo autor contará com divisões internas para facilitar sua administração,
baseada na capacidade populacional instalada (quantos habitantes podem residir
fixamente), já que, se tratando de uma cidade planejada, as áreas habitacionais
já estarão todas previamente edificadas e, possivelmente, ocupadas.
Assim, as divisões oficiais do novo Município
Reestruturado serão:
o Distrito Municipal (Bairro): ~100 mil
habitantes;
§ Setor Municipal: ~10 mil habitantes.
Os Setores Municipais deverão ter área de 1 km2
e população fixa de 10 mil pessoas. A periferia seria composta por prédios de
habitação popular sustentáveis, pois acomodam mais pessoas em menos espaço,
evitando a favelização. Tais prédios contarão com apartamentos de dimensões
razoáveis para que uma família de 4 pessoas possa morar com o mínimo de
dignidade e conforto necessários ao seu bem-estar.
Uma proposta relativamente barata e sustentável seria o
aproveitamento de contêineres, devidamente adaptados, para a construção das
moradias populares. Diferente das infames escolas de lata, as novas casas
construídas a partir do aproveitamento de contêineres, com 60 m2,
custam em média R$ 80 mil e são entregues em até 45 dias – com tratamento
térmico e acústico, empregando tecnologias ecologicamente viáveis. Além disso,
haverá a estipulação de que todos os prédios sejam obrigados a instalar detectores
de fumaça.
Cada apartamento (feito de alvenaria ou contêiner)
deverá contar com uma vaga de estacionamento subterrânea, reduzindo o espaço
físico necessário ao empreendimento – a ideia de se extinguir tais vagas para
incentivar o uso do transporte público (além da controversa redução de custos)
terá como resultado imediato apenas o aumento do número de roubos/furtos de
automóveis, que ficarão estacionados ao longo da via pública.
Prédio feito a partir de contêineres para abrigar estudantes, na
Holanda.
Note que a aparência externa difere pouco dos prédios convencionais.
Cada quarteirão irá abrigar pelo menos 10 prédios.
Dessa maneira, cada Setor Municipal (menor divisão administrativa da Nova Cidade
Brasileira) terá cerca de 10-12 quarteirões, considerando as
repartições públicas (Segurança Pública, Saúde, Educação, Defesa Civil,
etc.) e as áreas de lazer (parques, praças, quadras e jardins) que serão
instaladas ao seu redor, para proporcionar o máximo de conforto e assistência
aos moradores.
A Nova Cidade Brasileira, da forma que
foi idealizada pelo autor, será um ambiente puramente urbano. Tal qual
Brasília, na época de sua concepção, priorizará a existência de amplos espaços
e parques de grandes dimensões, para o lazer dos moradores.
Diferente da situação atual, os passeios serão largos e
fartamente iluminados, com a fiação elétrica completamente subterrânea. Uma
proposta interessante, em uso nos Estados Unidos, é a substituição do cimento
por borracha reciclada (a partir de pneus velhos) na construção das calçadas –
que deverão ser todas arborizadas.
Um dos grandes problemas que se observa nas cidades
grandes do Brasil refere-se à total ausência de condições ideais de acessibilidade.
Uma cidade moderna e dinâmica necessita de um sistema viário eficiente, que
permita o fluxo constante de veículos, tanto em circulação quanto em expansão
continuada – além de uma rede subterrânea que atenda a demanda da população.
A cidade de Barcelona usa um sistema subterrâneo para
descartar o lixo, que poderia ser adotado em nossas cidades planejadas futuras
(permitindo que os resíduos “viajem” para as centrais de processamento, ao
invés de terem de ser recolhidas por caminhões).
Ao mesmo tempo, há a necessidade de se restringir o
avanço da mancha urbana sobre as margens das estradas de rodagem, evitando
acidentes e congestionamentos. Ao invés dos atuais 15 metros, o autor pretende
estender o limite para 50 metros de distância em cada margem das rodovias – a
faixa non aedificandi.
Nessa faixa “expandida” serão construídos parques
lineares (protegidos por legislação ambiental) com amplo plantio de árvores
visando reduzir os níveis de ruído dos veículos em circulação e servindo de filtro
natural, ajudando a conter os gases poluentes dos escapamentos dos automóveis.
As faixas non aedificandi serão
demarcadas nas margens das rodovias, ferrovias e também dos rios que cruzem as
cidades.
Visando impedir o intenso congestionamento de caminhões
dentro do perímetro urbano, seriam construídas vias elevadas contornando a
cidade (como o atual Rodoanel, em construção em São Paulo). Os caminhões
ficariam proibidos de trafegar dentro da área urbana entre 6h-22h, usando essas
vias elevadas externas para circularem – o que evitaria problemas relacionados
ao trânsito.
Quanto ao metrô, o sistema de transporte urbano mais
eficiente em uso no Brasil, o ideal seria instalar na Nova Cidade Brasileira pelo
menos 5 km de linhas subterrâneas – equivalendo à estimativa mundial, que
preconiza 10 km para cada 2 milhões de pessoas.
Outro sistema que atenderia plenamente as exigências de
um meio de transporte de qualidade (elevado) seria o Aeromóvel, um trem elevado movido à propulsão pneumática que está
em desenvolvimento em Porto Alegre – podendo substituir os atuais projetos de monotrilho
em execução por São Paulo.
Um sistema eficiente desenvolvido no Brasil, que
atenderia a demanda do transporte coletivo de passageiros, é o Trem de
Levitação Magnética Maglev Cobra.
Este sistema atenderia perfeitamente as necessidades que hoje são supridas
(muito aquém de sua capacidade ideal) pelo metrô e pelo trem urbano à custos
reduzidos – podendo, inclusive, ser empregado no projeto de Trem de Alta
Velocidade que ligará Campinas ao Rio de Janeiro.
Visando integrar os diferentes meios de transporte
instalados na cidade, seria aplicado o conceito de Estação Urbana Intermodal, como o da Barra Funda (SP) ou mesmo o Terminal
Intermodal Salgado Filho, em Porto Alegre (RS) – permitindo a ligação entre o
metrô, o ônibus e os trens elevados (além de acesso ao aeroporto.
E no tocante ao transporte aéreo, o Aeroporto
Internacional Zumbi dos Palmares surge como um conceito bastante inovador,
ecologicamente correto e com grande capacidade expansível. A Nova Cidade
Brasileira seria equipada com ao menos um aeroporto dessa categoria
(aeroporto-shopping intermodal, com capacidade de cogeração energética e
expansão de atendimento – construído e operado inteiramente pela iniciativa
privada.
Como o autor já mencionou acima, a Nova Cidade Brasileira contaria
com população residente fixa em torno de 1 milhão de habitantes, além de
capacidade para receber até outros 300 mil turistas e moradores temporários a
curto prazo.
Seu projeto priorizaria a criação de amplos parques
urbanos e espaços não edificáveis arborizados às margens de rios (se por
ventura viesse a ser construída próximo de um!), vias de circulação e
repartições públicas. Evitar-se-ia construções próximas a morros, encostas e
rios devido ao risco de enchentes e desmoronamentos.
Intervenções mais profundas, como terraplenagem e aterramento,
seriam fartamente utilizadas em sua constituição territorial. As áreas
consideradas edificáveis serão devidamente demarcadas após complexa análise
topográfica, levando ainda em consideração a localização estratégica das
repartições públicas e obras de infraestrutura.
No caso da Segurança Pública, serão instalados Observatórios de Segurança (baseado no
modelo instalado no Distrito Federal) na parte central da cidade, de onde
agentes poderão monitorar TODAS as vias públicas da Nova Cidade Brasileira com
o auxílio de câmeras e microfones. Em caso de atitude suspeita, bastará
notificar via rádio à viatura policial mais próxima da localidade.
Nos Observatórios
de Segurança ficará situada também a Central
de Atendimento de Emergência (CAE), onde o cidadão poderá discar o número
de emergência (que deverá ser o 190, devido ao notório conhecimento do mesmo) e
o agente do CAE, dependendo da descrição da situação feita pelo cidadão e
informações visuais obtidas através das câmeras próximas, decidirá por qual
recurso solicitar (ambulância, polícia, bombeiros, etc.).
Cabe destacar que, à exemplo do que vem ocorrendo em São
Paulo, o atendimento telefônico de emergência será terceirizado – permitindo
que efetivos alocados nessa função possam ser empregados em sua atividade-fim.
Complexos esportivos não poderiam estar de fora do projeto,
sendo que a Nova Cidade Brasileira deverá contar com um estádio de
proporções razoáveis e outras instalações olímpicas – construídos em parceria
com clubes esportivos. Para uma cidade planejada de um milhão de habitantes, um
estádio multiuso de padrão internacional (com capacidade média para 45 mil
pessoas) torna-se suficiente para atender as demandas esportivas da cidade.
- Custos e recursos
Para se implantar a Nova Cidade Brasileira, tal qual o
autor propôs, demandará o investimento de grandes recursos financeiros,
materiais e humanos – é irracional dizer que uma obra de tais dimensões terá
custos reduzidos!
Em princípio, o terreno destinado à sua construção deveria
se situar em posição estratégica no território nacional, permitindo sua ligação
por meios de transporte com outras capitais nacionais. As famílias diretamente
afetadas com eventuais desapropriações e demolições deverão ser integralmente
indenizadas e os trabalhadores engajados nas obras terão o direito de
habitar no empreendimento construído, diferente do que aconteceu com Brasília.
A ampla utilização de grama sintética e árvores
pré-cultivadas, além de estruturas pré-moldadas e mesmo de contêineres, além de
técnicas de pavimentação de baixo custo, agilizará sobremaneira o tempo e custo
total do empreendimento.
Conforme já foi mencionado mais acima, para se incentivar sua
ocupação e desenvolvimento econômico, poderão ser concedidos subsídios para
compra de apartamentos (que já terão sido construídos) ou financiamentos para o
estabelecimento das empresas (que serão construídas de acordo com sua área de
atuação) – transformando a Nova Cidade Brasileira numa imensa
zona franca, com isenção tributária de pelo menos 50 anos!
Um exemplo bastante promissor já em andamento no sentido de
cidade planejada (cuja expertise pode vir a ser usada na Nova Cidade Brasileira) é
o projeto Convida Suape, em
Pernambuco. Uma cidade planejada para 100 mil habitantes, sendo construída nos
arredores do complexo portuário.
O empreendimento, avaliado em R$ 6,5 bilhões, é o maior já
realizado pela iniciativa privada – com interesse em atender a demanda de
mão-de-obra especializada no Complexo Industrial Portuário. A partir desse
projeto já em construção, podemos avaliar a viabilidade de se implantar a Nova Cidade
Brasileira.
Com uma arrecadação de R$ 2 trilhões (conforme dados do
Impostômetro), e aplicando-se todas as medidas de combate à corrupção e
austeridade já citadas nos artigos anteriores da REVOLUÇÃO INSTITUCIONAL, poder-se-ia reservar especificamente R$ 50
bilhões para a construção da Nova Cidade Brasileira.
Considerando que a Nova Cidade Brasileira custaria em
torno de R$ 50 bilhões para ser implantada (e isso, sem levar em conta a
intensa participação da iniciativa privada, que poderia reduzir esse valor em
um terço), podemos vislumbrar a possibilidade de se construir esse projeto
comprometendo menos de 1% do PIB e sem necessidade de se recorrer a
empréstimos, que apenas aumentariam nossa já extremamente elevada dívida
pública (que está em vias de beirar 70% do PIB).
Isso porque a principal responsabilidade do Poder Público
será com a instalação da infraestrutura urbana (fiação, canalização de gás,
água, esgoto e lixo, etc.), repartições públicas (hospitais, escolas,
delegacias, tribunais, etc.) e moradias subsidiadas para os trabalhadores
engajados na construção da Nova Cidade Brasileira e para as
pessoas de baixa renda que migrarão para ela – em busca de novas oportunidades
de emprego. Aeroportos e estações intermodais, templos religiosos, shoppings e
centros comerciais, parques industriais e armazéns serão de responsabilidade do
setor privado.
Para aqueles que, lendo o presente artigo até este ponto,
ainda pensem que se trata de mais um devaneio do autor (e ele não nega
totalmente!), cabe mencionar que o projeto de uma cidade moderna (ou, português
claro: Cidade do Futuro) já ESTÁ em curso em diversas partes do mundo.
Talvez o projeto em estágio mais avançado não seja Masdar City, em Abu Dhabi, Great City, na China, ou Songdo, na Coréia do Sul – mas Astana,
capital do Cazaquistão. A cidade está passando por uma intensa modernização
estrutural (tal qual o autor propõe nas cidades brasileiras) e em 2017 irá
sediar a Expo 2017 – a mesma feira que São Paulo foi excluída para sediar em 2020!
Ou seja: não se trata de Ficção Científica, mas de realidade
– e mais: de realidade EM CURSO. E o Brasil precisa trazer essa realidade para
cá – a menos que queiramos que em 2050 ou 2100 ainda tenhamos vias esburacadas
e favelas em nossas cidades.
Esse grande projeto de longo prazo demandará tamanha
concentração de mão-de-obra que o Brasil atingirá a condição de pleno emprego,
onde uma grande força de trabalho deverá estar engajada na sua construção.

Como o autor já mencionou acima, a Nova Cidade Brasileira deverá
servir de base para uma futura remodelação urbana EM TODO O TERRITÓRIO
NACIONAL, após 2100 (quando nossa população retomar o patamar de 200 milhões de
habitantes).
Visando reduzir os impactos causados pelas mudanças
climáticas, o autor defende que a Nova Cidade Brasileira conte em sua
concepção com fazendas verticais – plantações de frutas, verduras, legumes e
hortaliças nos edifícios residenciais, de modo a prover seus moradores desses
produtos (que ficarão cada vez mais caros no futuro) e ao mesmo tempo atenuar
os malefícios do efeito estufa (aumento a quantidade de áreas verdes nos
centros urbanos).
E esta é a opinião do autor, quanto ao futuro das cidades
brasileiras – modernos centros cosmopolitas relativamente autossuficientes (ou
com elevado grau de intercâmbio entre si, que facilite as relações econômicas e
sociais de seus cidadãos) e que, se não servirem de exemplo para os países
desenvolvidos, ao menos para nossos vizinhos (incluindo toda a América Latina e
África).
Em 1980 a Coreia do Sul tinha um produto interno bruto inferior ao Brasil e hoje é 3 vezes maior e um projeto que eles estão fazendo hoje se chama de Sejong City que é uma smart city com 500000 a 800000 habitantes estimados em 2030, enquanto isso no Japão estão cortando o número de municípios de 2190 em 2005 para 1000 num futuro próximo, Ou seja é simplesmente falta de vontade política o pais não seguir no que você propõe.
ResponderExcluirDe fato, meu amigo Bob...
ExcluirExistem muitas propostas pela Internet (e muitas no próprio Governo) procurando racionalizar a máquina pública. O maior empecilho, no entanto, é justamente a falta de interesse da classe política nacional - que, à bem da verdade, "lucra" com os problemas da sociedade (para poder vender "soluções" que nunca acontecem). Para melhor ilustrar o que eu estou dizendo, basta pensar no seguinte: se o governo investisse maciçamente na Justiça, Segurança Pública e Execução Penal (de modo a fazer os índices de criminalidade caírem drasticamente) como então o candidato poderia prometer acabar com o crime se for eleito? Ou seja, os políticos (literalmente) dependem da manutenção dos problemas - precisam que haja problemas graves, para prometerem soluções paliativas.
Se pensar que o Brasil cresceu 14% em 1973 (auge do "milagre econômico") e agora não conseguimos crescer nem 3%, pode-se perceber facilmente a distinção entre Política de Estado e Política de Governo - sem entrar no mérito ideológico da questão!
Se procurássemos pensar em ordenar nosso espaço urbano para os próximos cem anos (e não para o próximo mandato!) não seria fantasioso nem inconcebível imaginarmos poucas cidades, mas densamente povoadas e com infraestrutura adequada para todos os cidadãos - em plena harmonia com o meio ambiente e com os sítios históricos, devidamente preservados.
Um abraço e comente sempre que desejar!
Produto Interno Bruto per Capita (PPC) em dólares
ResponderExcluirEm 1980:
Brasil: 3722
Coreia do Sul: 2322
Em 2014:
Brasil: 12526
Coreia do Sul: 34795
Khazar Islands é um projeto feito no Azerbaijão que custará 100 bilhões de dólares e será:
ResponderExcluirUma cidade para 1 milhão de habitantes.
Estádio padrão FIFA.
Pista de corrida de formula 1.
Parques extensos.
Marina para barcos.
Um prédio empresarial com mais de 1 km de altura.
Isso inclui universidades, 150 escolas de ensino básico e 50 hospitais e 150 pontes e vale lembrar que tudo isso está sendo construido em 41 ilhas artificiais e toda edificação aguentará terremotos na escala de 9.0.
O projeto pode servir de base no Brasil, considerando que não vai ser construidas em ilhas artificiais e precisar de medidas contra terremotos e nem todas as cidades vai precisar de um arranha céu gigante, estádios padrão Fifa e pista de formula 1, e isso já deixaria cortaria o custo consideravelmente.
Caro Eric, obrigado por participar da REVOLUÇÃO INSTITUCIONAL...
ExcluirRealmente, quando elaborei este artigo eu tomei por base tais cidades já em processo de implantação pelo mundo, como Masdar City e Songdo.
Custos para tais empreendimentos são altissmos, não há como evitar isso, mas seriam cidades ecologicamente corretas, com total cobertura de saneamento básico, gás, eletricidade e comunicação - além de infraestrutura para os moradores.
No ano passado, foi divulgado que apenas 8% das cidades brasileiras arrecadavam mais do que arrecadavam - ou seja, 92% das cidades são mantidas por recursos estaduais e federais. Reduzindo o número de municípios, para pouco mais de 200 (excluindo as cidades históricas e turisticas, obviamente) poderiamos não apenas otimizar os gastos públicos - reduzindo despesas com burocracia política - como também executar um planejamento urbano mais efetivo.
Um abraço e participe sempre.