Atualizado em 19/01/15
Neste capítulo da REVOLUÇÃO
INSTITUCIONAL, o autor tratará dos diversos problemas urbanísticos e
econômicos que atualmente enfrentamos nas nossas cidades, que hoje nos impedem
de crescer no mesmo ritmo dos demais emergentes e até dos nossos vizinhos.
Dentro de suas reconhecidas limitações sobre o assunto, o
autor procurará apresentar propostas acerca da infraestrutura econômica,
visando garantir um contínuo crescimento sustentável e responsável de modo a
alcançarmos o tão almejado patamar de 5ª economia mundial.
Visando aperfeiçoar a capacidade empreendedora do estado
brasileiro, que praticamente encontra-se estagnada, o autor propõe que as
diversas empresas estatais voltadas às atividades econômicas sejam unificadas
entre si – reduzindo despesas com burocracia e alocando pessoal e recursos nas
atividades-fim das mesmas.
Além disso, o autor defende que, dentro das possibilidades,
tais empresas devam passar ao setor privado, que possui maior capacidade
empreendedora; o governo deve ficar responsável pela função administrativa do
Estado e, somente nas áreas econômicas que por sua natureza não podem ser
controladas pelo setor privado, manter empresas enxutas e eficientes.
No capítulo Revolução Institucional, as finanças...
o autor propôs, entre outras medidas, uma revolucionária reforma monetária que
eliminaria o dinheiro físico, substituindo o papel-moeda por cartões tipo smart card (que combinaria as funções de
documento com transações financeiras). Além da praticidade e segurança que essa
importante medida resultaria, haveria também economia de recursos que hoje são
usados na emissão de divisas – que se tornaria completamente virtual.
Na parte que tratou da Reforma
Tributária, o autor propôs a eliminação dos 12 impostos (e demais formas de
tributação que hoje oneram o orçamento dos cidadãos) substituindo-os por 7
tributos, diretamente vinculados a setores distintos.
Além das propostas acerca da eliminação da pesada dívida
pública, o autor também propôs a adoção de uma política de Estado (que não
seria abandonada ou desvirtuada com a mera mudança de governo) que visaria
agregar valores às nossas commodities
– que hoje representam mais de 60% de nossas exportações.
Essa política, que o autor denomina de Estratégia Nacional de
Infraestrutura (ENI) teria quatro metas principais:




Hoje a participação da indústria na economia nacional
encontra-se num estado que passou de preocupante para se tornar desesperador: voltando
ao mesmo patamar da década de 1950! Mesmo nossa produção agrícola encontra-se
ainda semi-industrializada, sendo a colheita feita ainda de maneira manual por
subempregados que se sujeitam a árduas jornadas de trabalho em troca de baixos
salários.
Visando atacar esse problema, a ENI terá tanto uma
finalidade econômica quanto sóciotrabalhista. Para implementa-la de forma
eficaz, o autor propõe sua atuação nos seguintes eixos:
No caso do eixo agropecuário, importante fonte de divisas, uma
das propostas do autor é que seja criada uma empresa de economia mista,
envolvendo o governo, os grandes produtores rurais e indústrias de equipamentos
agrícolas e tratores, denominada Tecnologias Agropecuárias do Brasil (Agrobras)
– com o objetivo de desenvolver tecnologias destinadas a aumentar a
produtividade no campo.
Além da produção de maquinário para uso no campo, a Agrobras também teria a incumbência de
incentivar a produção de fertilizantes, com o objetivo de alcançar a
autossuficiência – para isso, assumiria o controle das três fábricas de
fertilizantes nitrogenados da Petrobras
(considerando que o Brasil é o quarto maior consumidor do mundo desse produto).
O governo entraria com o investimento direto, enquanto as indústrias ligadas ao
setor primário participariam com a capacitação técnica.
A participação dos grandes produtores no quadro societário
da nova empresa também será imprescindível para o progresso inicial dela, pois
como sócios irão fazer uso dos equipamentos e fertilizantes produzidos pela Agrobras de forma a incentivar os
demais produtores a seguirem seu exemplo; por outro lado, sem sua participação
direta, serão meros clientes potenciais que buscarão o melhor preço para
atendê-los – recorrendo ao mercado externo se assim desejarem.
A Embrapa
atualmente atua na pesquisa e fomento à produção agropecuária, consolidando-se
como uma importante instituição de âmbito internacional. O autor defende sua
fusão com a Companhia Brasileira de
Abastecimento (CONAB), criando-se uma nova Empresa Brasileira de
Abastecimento e Tecnologia Agropecuária (Emagro), que será responsável
tanto pela pesquisa agropecuária quanto pelo abastecimento e armazenagem da
produção agrícola – e que controlará diretamente a participação acionária da
União sobre a Agrobras.
A Emagro atuará com a finalidade
precípua de estender a superfície cultivável do País, desenvolver novas
tecnologias de uso agropecuário (quer seja máquinas de uso agrícola, quer seja
sementes e plantas geneticamente modificadas ou mesmo fertilizantes) e garantir
não apenas o abastecimento regular de alimentos para nossas cidades, mas também
garantir uma produção constante para o mercado exterior – consagrando o Brasil
como futuro maior exportador de alimentos!
Uma realidade preocupante que vivemos está no fato de que a
maior parte de nossas exportações é transportada por navios estrangeiros,
mediante o pagamento de fretes altíssimo – devido ao fato de não termos uma
frota mercante com condições de atender nossa própria demanda.
Visando mudar essa situação, o autor defende como pontos
centrais do eixo logístico a desmilitarização da Escola de Oficiais da Marinha Mercante e sua transferência à Comissão de Minas, Energia, Viação e
Transportes, que além de formar futuros oficiais terá a incumbência de
habilitar cursos similares que serão ministrados por instituições privadas.
Ainda nesse sentido, o autor propõe (como no caso da Agrobras) uma parceria público-privada
entre o Poder Público, as principais empresas privadas de logística (como a MRS
e a ALL, por exemplo) e os principais exportadores, criando uma Empresa
Brasileira de Logística (EBL).
Criada a partir da atual Empresa
de Planejamento e Logística S.A., a EBL
teria a incumbência de realizar o transporte das exportações brasileiras, tanto
por via marítima quanto terrestre (inclusive dutoviário) e aérea.
No que tange à participação pública, haveria a transferência
da Transpetro do controle da
Petrobras para a nova empresa (em troca do controle da PPSA pela Petrobras), além da transformação do Correio Aéreo Nacional (que atualmente é uma unidade militar da
FAB) numa empresa de transporte aéreo subsidiária, diretamente vinculada à EBL.
Assim como no exemplo dado pelo autor, para a constituição
da Agrobras, a participação do setor
privado (e não apenas das empresas de logística, mas também dos exportadores)
seria imprescindível para o sucesso da empresa – pois como acionistas, passarão
a fazer o transporte de seus produtos de exportação através da nova empresa, ao
invés de contratar empresas estrangeiras para fazê-lo.
Conforme já citado, para se resolver todos os problemas de
infraestrutura do país para adequá-lo aos demais países desenvolvidos, há
necessidade de se investir pelo menos 5% do PIB anualmente. Com uma tributação
fixa de 48% do PIB, além de forte apoio do setor privado conforme já explanado
acima, é possível num prazo de 20 anos praticamente eliminar todos esses
problemas e fazer com que alcancemos a condição plena de 4ª economia mundial e
gozemos o Estado de Bem-Estar Social.
O autor também defende que todas as empresas públicas
ligadas ao transporte ferroviário (com exceção da VALEC) sejam prontamente
privatizadas. Essas empresas, como a CPTM ou a CBTU, passarão a administrar as
linhas, trens e estações através do sistema de concessão – recebendo um valor
fixo mensal, de acordo com a quantidade de usuários (considerando a
possibilidade de se adotar a Tarifa Zero!).
Já a VALEC deverá se converter em subsidiária da proposta EBL
– tornando-se seu braço operacional, construindo linhas férreas em trechos que
não forem leiloados para a iniciativa privada, visando eliminar esse importante
gargalo em nossa infraestrutura logística – investindo para isso R$ 200 bilhões
em dez anos, com amplo apoio financeiro da iniciativa privada.
Além do setor ferroviário, o autor também defende a ideia de
que as diversas Companhias de Engenharia
de Tráfego existentes no país sejam privatizadas, passando a cuidar da
infraestrutura viária urbana através do regime de concessão.
Uma das atribuições destas novas empresas (e outras que
poderão ser constituídas pelo setor privado, através da PPP), seria gerenciar
os pedágios urbanos, que o autor defende que sejam instalados nas cidades com
mais de cem mil habitantes – por um período médio de 20 anos.
A exploração dos pedágios urbanos e a concessão dos serviços
de infraestrutura de trânsito implicaria em aumento das vias pavimentadas (e em
melhoria no estado de conservação das já existentes), bem como em uma
sinalização mais eficiente – através da instalação de semáforos inteligentes,
que não apaguem ou fiquem intermitentes com a chuva!
Da mesma maneira o autor defende o aumento da tributação
(através do Imposto sobre Mercadorias e
Serviços) sobre os combustíveis
usados pelos automóveis particulares (gasolina e etanol, principalmente) e, o
valor arrecadado com esse acréscimo seja usado integralmente para subsidiar os
combustíveis usados pelo transporte coletivo de passageiros (diesel, biodiesel
e outros combustíveis).
Da mesma forma que a VALEC deverá ser o braço operacional de
cunho ferroviário da proposta EBL, o autor propõe que o mesmo
ocorra com a Infraero (que será o
braço operacional aeronáutico) da nova empresa – cuidado da infraestrutura dos
aeroportos que não forem concessionados para a iniciativa privada.
Reestruturando os setores ferroviário e rodoviário, o
próximo passo será reorganizar o estratégico setor hidroviário do país, por
onde passam mais de 90% de nossas exportações. O autor defende que as diversas Companhias Doca sejam dissolvidas e os
portos atualmente administrados pelo Poder Público sejam concessionados ao
setor privado – sob coordenação da Secretaria
Especial de Portos.
Além da dissolução dessas companhias, o autor defende que a EBL
construa ferrovias ligando os atuais portos às grandes cidades e, através do
proposto BNB, sejam concedidos financiamentos especiais para a
construção de estaleiros junto aos portos – transformando-os em complexos
industrial-portuários. No caso do Porto de Santos, há um interessante projeto
na internet para a construção de um teleférico para transportar contêineres da
Serra do Mar à Baixada – reduzindo o tráfego de caminhões.
A nova estatal criada pelo governo (Hidrobrás), que deverá
ser responsável pela navegação fluvial, passaria ao controle acionário da EBL
no sentido de dinamizar o transporte hidroviário brasileiro – construindo
terminais fluviais e ampliando os trechos navegáveis (através do aprofundamento
das calhas, construção de eclusas e outras intervenções necessárias).
Há atualmente os seguintes bancos públicos ativos no País:
Ø Banco
do Brasil
Ø Banco
de Brasília S/A
Ø Banco
Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social
Ø Caixa
Econômica Federal
Ø Banco
do Nordeste do Brasil
Ø Banco
da Amazônia S/A
Ø Banco
do Estado de Sergipe
Ø Banco
do Estado do Espírito Santo
Ø Banco
do Estado do Pará
Ø Banco
do Estado do Rio Grande do Sul
Ø
Banco Popular do Brasil
Ø Banco
Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul
Ø Banco
de Desenvolvimento do Espírito Santo
Ø Banco
de Desenvolvimento de Minas Gerais
Ø Banco
de Desenvolvimento do Paraná
O autor defende que o atual BNDES e a CEF sejam unificados,
criando o novo Banco Nacional do Brasil (BNB ou Banebras), o único a ser
administrado pelo Poder Público. Esta instituição será derivada dos dois bancos
supracitados, devido ao caráter investidor e assistencial das duas instituições
– fornecendo linhas de crédito especiais tanto para empresários quanto para a
aquisição ou reforma de imóveis.
Os demais bancos públicos (incluindo aqueles pertencentes ao
Grupo BB) deverão ser privatizados integralmente. O Banebras deverá estar administrativamente subordinado ao Banco Central do Brasil, enquanto
autoridade bancária nacional (sob a égide da Comissão de Finanças e Tributação) – e deverá também controlará
diretamente a Casa da Moeda do Brasil.
Recordando-se novamente do que o autor mencionou mais acima,
sobre a substituição do meio circulante físico (cédulas e moedas) por dinheiro
eletrônico movimentado por meio de smart
cards, a Casa da Moeda substituiria todo o seu parque gráfico por supercomputadores
– que ficariam responsáveis por armazenar e controlar o “dinheiro” em
circulação.
Além dos bancos públicos propriamente ditos, o autor defende
a privatização das outras empresas públicas ligadas indiretamente ao setor
financeiro, mais especificamente às áreas de seguros e ativos financeiros, como
o IRB-Brasil Resseguros S.A., voltado
à área de resseguros; a Empresa Gestora
de Ativos, responsável pela gestão de ativos financeiros; e a recém-criada Agência Brasileira Gestora de Fundos e
Garantias (Segurobras) – dentre outras do gênero.
A exploração e beneficiamento de terras-raras encontram-se
praticamente monopolizados pela China, que vem constantemente dificultando sua
exportação e, consequentemente, ameaçando a indústria de alta-tecnologia
mundial – que necessita desse insumo crítico. Por sua vez, o Brasil detém um
potencial gigantesco de terras-raras, que permanece praticamente inexplorado.
Tal como a exploração de petróleo em meados do século XX,
que foi considerada questão de soberania nacional, o autor propõe o monopólio
estatal sobre a pesquisa, exploração, beneficiamento e comercialização
de terras-raras por meio da criação da Terras-Raras do Brasil (Terrabras),
empresa de economia mista, subsidiária direta de outra empresa que trataremos
mais abaixo, e que gerenciaria todos os processos que estivessem relacionados
às terras-raras.
Como o Art. 21
dos Princípios Fundamentais da REVOLUÇÃO
INSTITUCIONAL, “os recursos naturais,
humanos e econômicos do país devem ser utilizados em benefício do povo
brasileiro, não se admitindo sua exploração predatória por estrangeiros para
benefício de não brasileiros”. Assim, as terras-raras exploradas em solo
brasileiro deverão ser empregadas PRIMARIAMENTE na economia nacional, só para
então visar à EXPORTAÇÃO – o que terá três consequências principais:
1.
O fortalecimento da indústria de
alta-tecnologia nacional – nosso parque industrial de tecnologia será
bem servido de insumos de alto valor agregado;
2.
A instalações de empresas de tecnologia
estrangeiras no País – visando evitar o controle de exportação de
terras-raras, com o objetivo de fazer uso dessa importante matéria-prima; e
3.
A quebra do monopólio chinês sobre as
terras-raras – o Brasil se tornaria concorrente da China neste
importante nicho econômico.
Além das terras-raras, o Brasil atualmente detém a 7ª maior
reserva de urânio do mundo – com possibilidade de se tornar o maior, já que
grande parte do território nacional ainda não foi mapeado. Esse verdadeiro
“pré-sal” de urânio poderia abastecer nossas usinas nucleares por 800 anos.
Apesar disso, ainda somos dependentes da importação desse
combustível enriquecido (apesar de já determos o conhecimento técnico e as
condições materiais para fazê-lo – prova disso é que Angra 1 será recarregada
em 2015 com urânio totalmente enriquecido no Brasil).
Por isso, o autor defende não somente o fim do monopólio
estatal sobre as atividades nucleares com fins pacíficos (geração de energia e
medicina nuclear) como também a realização de parcerias público-privadas para a
construção de 50 usinas nucleares em até 50 anos – demandando custos de cerca
de R$ 700 bilhões (considerando o valor corrigido de Angra 3) e a construção de
novas fábricas de combustível nuclear (atualmente temos apenas uma, em
Resende-RJ).
Dessa maneira, além de conseguirmos suprir nossa demanda
interna ainda poderemos nos tornar fornecedores internacionais de urânio
enriquecido (em porcentagem suficiente para abastecer usinas nucleares) e ainda
de radiofármacos – livrando-nos da dependência externa, que consome anualmente
mais de R$ 30 milhões.
Além disso, o autor defender a fusão da Nuclebrás Equipamentos Pesados S.A. (Nuclep) com as Indústrias Nucleares do Brasil (INB), a Eletrobrás Eletronuclear (que deverá ser
desvinculada da Eletrobrás) e as atividades nucleares da nova estatal Amazônia Azul Tecnologias de Defesa
(Amazul), reativando a extinta Empresas Nucleares do Brasil S.A.
(Nuclebrás).
A Nuclebrás
(organizada na forma de sociedade de economia mista), será reinstalada com a
finalidade de gerenciar TODAS as atividades nucleares do Brasil (desde a
exploração de reservas de urânio até a operação de usinas nucleares e
construção de equipamentos).
O mesmo se daria com o Nióbio, importante elemento usado na
indústria siderúrgica, o qual Brasil é dono de 98% de todas as reservas
mundiais. Da mesma maneira que o urânio e as terras-raras, o autor defende que
esse importante elemento natural seja considerado recurso estratégico –
rigidamente regulado pelo Poder Público.
Uma outra proposta, bem menos progressista e mais
centralizadora e protecionista, refere-se à produção e exportação de ouro – que
o Brasil vem produzindo em quantidade crescente, desde 2006 (atingindo em 2013
o maior patamar em 20 anos – produzindo 78 toneladas, o que corresponde ao 19º
lugar no ranking mundial).
O autor propõe a proibição da exportação de ouro (em barra,
semimanufaturado ou em forma bruta) e a obrigação do Tesouro Nacional comprar
toda a produção nacional não consumida pelo mercado interno, com o objetivo de
formar lastro.
Atualmente, o Brasil tem mais de 67 toneladas de ouro
depositados no Banco Central (metade dessa quantidade, adquirida entre setembro
e novembro de 2012) – o que representa pouco mais de 1% do total de suas
reservas.
À título de curiosidade, em 1998 o ouro correspondia a 6%
das reservas totais do País (quando havia em poder do Estado 287 toneladas do
metal precioso). Com a proibição da exportação de ouro e a compra compulsória
pelo Tesouro Nacional, o autor defende que o aumento da participação do ouro
nas reservas financeiras (reduzindo a participação em moedas estrangeiras).
Essa não é uma ideia totalmente descabida, se levarmos em
conta que o ouro corresponde a mais de 70% das reservas internacionais dos EUA
(que detém mais de 8 mil toneladas de ouro) no Fort Knox). Assim, o autor defende que, além da repatriação de
nossas reservas depositadas no exterior, o Tesouro Nacional aumente a
participação do ouro em até 30% do total das nossas reservas nacionais.
Além de aumentar a participação do metal precioso nas
reservas cambiais (reduzindo a participação de moedas estrangeiras) o autor
também defende que a medida vise impactar diretamente o mercado internacional
de ouro – reduzindo a oferta e, consequentemente, aumentando seu preço.
As diversas empresas do setor energético (tanto estaduais
quanto federais), tais como CHESF, Furnas, Eletrobrás e outras tantas, deverão ser integralmente privatizadas
– transferindo ao setor privado a função de produzir e distribuir energia
elétrica, por meio de concessão.
Uma das atribuições das novas concessionárias seria a de
executar os trabalhos de enterramento da rede elétrica urbana – na cidade de
São Paulo, por exemplo, o custo estimado é de R$ 15 bilhões. Para a conclusão
desta proposta, o autor defende a realização de parcerias público-privadas, em
que as construtoras arquem com parte dos custos e aluguem para as
distribuidoras as galerias subterrâneas.
O autor também defende a extinção da atual EPE – passando suas
atividades ao controle direto da Administração Pública (que já possui órgãos e
pessoal em quantidade suficiente, sem haver necessidade de se constituir uma
empresa pública para essa finalidade).
Visando dinamizar o setor energético e afastar de vez
qualquer risco de racionamento, o autor defende que a União realize leilões de
“potenciais energéticos”, ao contrário do modelo atual. Neste outro modelo, ao
invés de se leiloar centrais pré-estabelecidas (como Belo Monte), o leilão
seria por fonte de energia regionalizada – todo o potencial de energia eólica
de uma região, o potencial de energia solar de outra, o potencial de energia
das marés de determinada região costeira, etc.
Dessa maneira, ao invés do empresário construir uma única
central (termelétrica, eólica ou nuclear), ele poderia explorar todo o
potencial energético que aquela fonte leiloada pudesse oferecer na região
demarcada (construindo tantas usinas quanto fossem viáveis). Para se ter uma
ideia do enorme potencial enérgico do Brasil, temos potencial para gerar até
300 GW de energia eólica.
Ø
Demais
eixos
Principais aquíferos existentes no País,
Guarani e Alter do Chão – com capacidade acumulada
de
130 trilhões de litros de água.
Uma das propostas que o autor defende para reduzir o custo
da implantação da energia solar a nível residencial, por exemplo, é a
desoneração TOTAL dos painéis fotovoltaicos (tanto na produção quanto na
comercialização) e, ainda, a redução do IPT das residências que instalarem
os painéis (ou outros mecanismos ecologicamente corretos, como captação da água
da chuva), bem como a abertura de uma linha de crédito especial para sua
aquisição via BNB – o Crédito Verde.
Cabe fazer menção, também, da proposta Companhia da Amazônia Brasileira (Amabras), que é objeto da PL
5692/13 – e que, conforme redação do Art. 42 do referido projeto: “é uma sociedade de economia mista vinculada
ao Ministério de Minas e Energia, que tem como objeto a exploração das riquezas
da Amazônia, garantindo a proteção ao meio ambiente e a soberania nacional”.
Vinculada à proposta Amabras,
o autor defende (antecipando um evento FUTURO e CERTO que sem dúvida ocorrerá
em breve) a criação da chamada Recursos Hídricos do Brasil S.A.
(Aquabras). Esta sociedade de economia mista terá como responsabilidade
gerenciar a exploração dos recursos de que trata o Art. 20, III e o Art. 26, I
da Constituição Federal – ou seja, os recursos
hídricos existentes no País.
Dentre os recursos a serem administrados pela Aquabras estarão a porção brasileira do
Aquífero Guarani e o recém-descoberto
Aquífero Alter do Chão – com
capacidade de mais de 130 trilhões de litros de água. A função da empresa será
gerenciar o fornecimento de água potável no Brasil (incorporando a Sabesp e
outras empresas) e ainda controlando a exportação de água – que se tornará cada
vez maior de acordo com o crescimento da demanda mundial.
A Amabras e a Aquabras, por sua vez, deverão
ser vinculadas a uma empresa-central que o autor denominará de Recursos
Naturais do Brasil S.A. (Renabras). Esta empresa, organizada na forma
de joint venture, incorporará também
a proposta Terrabras e ainda a Petrobras
(que absorverá a nova Pré-Sal Petróleo
S.A., no lugar da Transpetro que
passará ao controle da EBL) – ou seja, TODAS as empresas
ligadas ao Poder Público que atuam na exploração de recursos naturais.
No que diz respeito à Petrobras o autor defende que, ao
invés de se explorar as reservas de petróleo da camada Pré-Sal com a intenção
de tornar o País um exportador de derivados de petróleo, deva explora-las com a
finalidade de abastecer APENAS o mercado consumidor interno – ou seja,
transformar o potencial de 60 bilhões de barris de petróleo em reserva
energética nacional.
Além das empresas acima elencadas, há também que se
mencionar a participação das empresas estatais que trabalham diretamente na
pesquisa, desenvolvimento e produção industrial de alta tecnologia, tais como a
CEITEC, Embrapii, dentre outras.
Essas empresas deverão ser reunidas numa única empresa
administrada pela Comissão de Ciência,
Tecnologia, Inovação, Comunicações e Informática: a Ciência e Tecnologia do Brasil
S.A. (CienBras). Esta nova empresa, por meio de suas subsidiárias,
coordenará as atividades de alta complexidade tecnológica, com ênfase na
pesquisa e produção, atuando principalmente nas áreas espacial, cibernética e
nuclear.
Já no tocante às comunicações e ao processamento de dados
dos órgãos públicos, que têm ganhado relevância devido aos recentes escândalos
de espionagem internacional, o autor defende a transformação do SERPRO, dentre outras empresas de
processamento de dados, e da atual Telebrás
(responsável pela gestão do Plano
Nacional de Banda Larga) em subsidiárias da atual Empresa Brasileira de Comunicações.
Assim, a EBC (que também absorverá a Imprensa Nacional) cuidaria da gestão
das emissoras de rádio e televisão públicas, da tecnologia da informação e
expansão do acesso à internet no País – que será seu principal braço
público-privado.
Além das empresas já citadas merece também destaque aquelas
que trabalham diretamente na área de saúde, sejam na área administração – como
a EBSERH – ou na pesquisa – como a Hemobras
– e fabricação de medicamentos – a Farmanguinhos
– que devem ser tratadas a parte das demais estatais.
Em primeiro lugar, o autor defende que a primeira empresa,
criada para administrar os hospitais universitários, perca sua natureza
empresarial e passe a integrar o proposto Serviço Nacional de Saúde –
instituição permanente de Estado destinado à prestação de serviços de saúde
pública à população.
Já a Farmanguinhos
e a Hemobras, bem como a proposta Empresa
Brasileira de Pesquisa Medicinal (Embrapem – vide o capítulo sobre
Saúde Pública), sejam unificadas em torno da nova Tecnologias de Saúde S.A.
– SauBras. Esta sociedade de economia mista será responsável pela produção de
insumos hospitalares, bem como a pesquisa de novos medicamentos e produção de
aparelhos de uso médico.
Como já esboçado no capítulo sobre a proteção social, o
autor defende a criação de uma cooperativa pública destinada à reciclagem de
lixo e (em consequência deste trabalho) a inserção social dos catadores que
hoje vivem à margem da sociedade: a Materiais Reciclados do Brasil – MRBras.
Em razão do caráter social e finalidade não lucrativa desta cooperativa, o
autor entende que sua administração deva ser mantida independente, sob a égide
da Comissão de Seguridade Social e
Família.
Também cabe fazer menção à Habitação Popular do Brasil S.A.
– criada a partir da fusão de todas as companhias habitacionais existentes. A
Habibras deverá ser responsável pela construção de moradias populares (para
famílias com rendimento bruto mensal de até 10 salários mínimos). A Habibras
poderá ter parte de seu capital social controlado por empreiteiras e corretoras
de imóveis (desde que não implique em desvio de sua função social original, que
é combater o déficit habitacional).
O autor defende a ideia de fundir a Indústria de Materiais Bélicos do Brasil com a Empresa Gerencial de Projetos Navais, criando a Empresa
Brasileira de Materiais de Defesa (Embradef) – ligada à proposta Comissão de Relações Exteriores e de Defesa
Nacional, devido à natureza crítica das atividades de fornecimento de
material bélico e tecnologias de defesa para o País.
As atividades nucleares da recém-criada Amazônia Azul Tecnologias de Defesa, conforme dito mais acima,
serão exercidas pela nova Nuclebrás. Já as demais atividades,
como a construção de submarinos, serão encabeçadas pelo braço militar da
empresa – daí a nova Nuclebrás dividir parte de seu
capital entre a Embradef.
Além da Imbel e da Emgepron, a nova Embradef também deverá controlar a Diretoria de Fabricação do EB (que deverá ser desmilitarizada) e o Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro, da
MB; a missão principal desta nova empresa será a de fornecer meios materiais
aos órgãos de Segurança Nacional, visando garantir a autossuficiência em armas
e equipamentos de defesa.
Dessa maneira, no lugar das 141 empresas estatais atualmente
existentes, a União deverá administrar diretamente cerca de 10 empresas (e
praticamente todas tendo seu controle acionário compartilhado com o setor
privado), dentre as quais podemos destacar:
v
Banco
Nacional do Brasil S.A.
v
Empresa
Brasileira de Materiais de Defesa
v
Empresas
Nucleares do Brasil S.A.
v
Empresa
Brasileira de Logística
v
Recursos
Naturais do Brasil S.A.
v
Ciência e
Tecnologia do Brasil S.A.
v
Empresa
Brasileira de Abastecimento e Pesquisa Agropecuária
v
Empresa
Brasileira de Comunicações
v
Tecnologias
de Saúde S.A.
v
Habitação
Popular do Brasil S.A.
v
Materiais
Reciclados do Brasil
Observe a diferença entre a lista acima elaborada pelo
autor, com a lista oficial do governo, com mais de 140 empresas:
UNIVERSO DAS EMPRESAS ESTATAIS
POR ÁREA DE ATUAÇÃO
|
|
Área de Atuação
|
Quantidade
|
Petróleo e Derivados
|
43
|
Energia Elétrica
|
32
|
Setor Financeiro
|
19
|
Comércio e Serviços
|
12
|
Portuário
|
8
|
Transporte
|
4
|
Abastecimento
|
4
|
Indústria de Transformação
|
4
|
Saúde e Assistência Social
|
4
|
Minas e Metalurgia
|
3
|
Comunicações
|
3
|
Pesquisa e Desenvolvimento
|
3
|
Administração Aeroportuária
|
1
|
Desenvolvimento Regional
|
1
|
Total de
Empresas
|
141
|
Note-se que a atual Empresa
de Correios e Telégrafos não figura na lista acima (nem na composição da
nova EBC). Isso porque o autor
defende o fim do monopólio público sobre as atividades postais e a privatização
dessa empresa.
Caberá ao Departamento
de Coordenação e Governança das Empresas Estatais, seguindo as diretrizes
da ENI, dentre outras coisas
coordenar a construção da chamada Hidrovia
do Contorno, que deverá ligar a Bacia Amazônica à Bacia do Paraná formando
um amplo corredor hidroviário que dinamizará a navegação nessa importante
região do País.
Outro importante projeto de integração regional e
desenvolvimento responsável é do aqueduto ligando as regiões Norte e Nordeste –
permitindo levar água ao semiárido. Com esses projetos, o autor acredita ser
plenamente possível racionalizar a administração das empresas estatais,
permitindo que elas possam trabalhar efetivamente pelo progresso nacional e
desenvolvimento responsável da economia.
Ao invés de se tornarem meros cabides de emprego para
apadrinhados políticos...
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